Notei que eu terminei de escrever o post sobre “sincronicidade” mencionando São Paulo e não me dei conta como fez sentido o post seguinte. A vida é exatamente assim, ela gira, gira, e muitas vezes voltamos à origem. O interessante é que a volta dada é como uma roda-gigante do Planeta Terra, a gama de possibilidades que a gente encontra até chegar ao mesmo lugar é enorme.
Pois então: Parafraseando o grande rapper paulista Criolo, existe Amor em SP. E tenho provas empíricas que é possível. Foi em SP que eu pude viver uma das experiências mais genuínas com relação à amizade em toda a minha vida Balzaquiana. Éramos 5 amigos batalhando por um lugar no espaço, convivendo com muita leveza, e dureza, como é o próprio contexto ambivalente paulistano. Entre uma ida ao coração da cidade – a Paulista – durante o dia, e uma esticada na Augusta até o dia seguinte; as cervejadas e sinucadas dos botecos, os shows das grandes pequenas bandas – que também batalhavam por seu espaço –, os livros lidos e adquiridos em sebos, os lanches nas padocas, ou as caminhadas intermináveis entre carros e arranha-céus, foi assim que pude viver SP, com muitas expectativas, perspectivas e incertezas em relação ao futuro. No entanto, foi em SP que pude ver e viver ou vir a ver o esfacelamento da união de grandes amigos que juntos compartilhavam um mesmo projeto de vida, as angústias e frustrações de um trabalho minado pelas próprias circunstancias. Enfim, deu pra sentir a relação de Amor e ódio que eu tenho por SP, né?
Como sempre após a tempestade, a bonança, eu fiz o favor de subir na roda gigante do planeta terra,
descobri mundos e fundos nunca vividos e conheci o amor. Há dois anos atrás eu
descobri realmente o amor em Salvador. A vida me pregou algumas peças e fez o
amor buscar novos ares. Adivinha onde? São Paulo. Por isso eu digo, existe amor
em São Paulo, caríssimo Criolo. Tá lá escondido, seja no desespero da
Consolação, nas esquinas da liberdade, na penumbra da Luz, ou na inocência de
Santa Cecília.
